A car is not merely a faster horse - BIM is not merely a faster CAD
Um interessante artigo, deixo aqui a minha tradução, quem pretender pode ler o original no link acima.
"Todos os dias, Seth Godin nos surpreende com a sua sabedoria. Em poucas frases, as suas palavras transmitem os principios básicos de cada negócio e da natureza da mudança.
"o E-mail não é um FAx mais rápido" é apenas uma frase no seu ultimo post.
http://sethgodin.typepad.com/seths_blog/2010/06/a-car-is-not-merely-a-faster-horse.html
BIM não é CAD. Modelar o edifício não é apenas uma maneira mais rápida de desenhar linhas. O fluxo de trabalho e os processos são diferentes. O Revit está no mercado à quase 10 anos, o Archicad à mais de 25 anos. Porque será que a industria da Arquitectura ainda não abraçou a 100% esta forma diferente e melhor de projectar edifícios? Porque é que as industrias Aeronautica e Automóvel já o fizeram à tantos anos? Os edifícios custam milhares de Euros, mas continuamos a usar o equivalente a uma máquina de escrever para os documentar?
Porque está tão adverso à tecnologia? Será porque você é um artista? Olhe para todos os modelos de carros diferentes, em formas, tamanhos e design. Eles são modelados paramétricamente e a sua industria não tem medo da tecnologia e da mudança. Então o que é? Qual é o problema central? O medo, o dinheiro, mudar, a arrogância, a teimosia?
Eu estava a conversar com um funcionário da Autodesk que me disse que durante uma conversa com um cliente, este lhe disse que não via necessidade de a sua empresa adoptar o Revit nos próximos 10 anos. Nós dois nos rimos disso. Eu prevejo que o Revit terá uma adopção plena de perto de 80% nos próximos 3 anos. Os proprietários e construtores estão a exigir. Cada vez mais projectos são executados numa solução Projecto/Construção/Informação (projectos chave na mão) e ao se candidatar á sua execução vai ser informado que o terá de realizar usando um software BIM e não um qualquer software CAD 2D.
Lembre-se que documentos de construção são os documentos de construção. Isso significa que você realmente precisa de forncer os documentos necessários para a sua construção. Proporcionar um monte de linhas manualmente desenhadas em 2D não é fornecer a informação ideal para satisfazer as necessidades do dono de obra."
...para reflectir
5 comentários:
Bom artigo Fernando.
Considero um tema deveras importante para abrir uma discução ou brainstorming sobre causas e consequências! Sejam há 10 ou 25 anos, existem movimentos e resistências que não entendo.
Penso que não estamos a falar de programas nem de empresas, mas sim de conceitos e formas de trabalhar revolucionárias e mais que pertinentes às quais já vamos muito atrasados.
Não considero a arquitectura como sendo uma área industrializada como a indústria propriamente dita, mas creio que essa necessidade de "industrialização", mesmo de processos e de materiais será um mal necessário, uma tendência ou exigência do mercado!
Não quero de todo pensar um projecto de arquitectura como sendo mais um "carro" onde existem todos iguais. Sim, penso que isso passará por uma arquitectura modular, onde quase que cada um poderia comprar um lego complexo como defendia o Ricardo Araújo quando se referia ao IKEA.
A verdade é que o mercado exige-nos a nós, técnicos, que tudo seja mais por menos: mais barato, mais rápido, mas acuidado, menos erro, menos tempo, menos custos...
Boas...
80% rendidos completamnete ao revit, em 3 anos?
isso seria o dominio completo do revit no mercado.
vamos esperar para ver.
Não será necessáriamente um dominio do mercaod, estamso a falar de adopção da tecnologia, haverá sempre os resistentes, O AutoCAD tb tem uma adopção pelo mercado muito grande, não quer dizer que domine, mas é um standard sem duvida.
entendi, estamos então a falar de uns 80% mas simplesmente da percentagem da adopção da tecnologia, independentemente de ser revit ou outro software.
Excelente artigo.
Não acredito porém que 80% estejam rendidos ao Revit em 3 anos. Acho que em dois anos. Creio que isto se dará com os grandes escritórios, as grandes empresas. Aqui no Brasil já se pode perceber a grande mudança. Está sendo uma exigência do mercado.
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