31.3.11

Um bom exemplo de como é bem utilizado o dinheiro que a Autodesk ganha

22.3.11

Novidades Revit 2012

Passamos a publicar a primeira análise ás novas funcionalidades da versão Revit 2012, Architecture / Structure e MEP. Nesta versão a Autodesk preocupou-se em consolidar as aplicações Revit, destacamos em especial as seguintes funcionalidades;
  • Melhoria da sua performance e estabilidade.
  • Melhor ligação com outros softwares (controle avançado na exportação para DWG).
  • Melhorias acentuadas no trabalho com worksets, que permitem um maior control sobre o trabalho partilhado, como inclusive a possbilidade de trabalhar a apartir de postos fora da rede local.
  • Novas opções na gestão da biblioteca de materiais, permitindo a criação de bibliotecas personalizadas, assim como o apagar facilmente materiais fora de uso.
  • Ferramentas de modelação que nos permitem criar assemblagens de elementos para posterior extracção de vistas e tabelas exclusivas desses elementos.
  • Ajustes vários de funcionalidades já existentes, cotagem, edição de objectos, modificação do interface, no fundo muitas respostas a solicitações dos utilizadores.
  • Melhorias na ligação entre ficheiros tanto na extracção da informação como na gestão visual dos objectos.
  • Análise energética concpetual que permite logo nos estágios inicais de desenvolvimento a análise comparativa entre modelos.
  • Funcionalidades melhoradas de calculo e de sdesenho de armaduras no Revit Structure.
  • Melhor gestão do projecto através do navegador de sistema do Revit MEP.
  • Novas funções e ferramentas para trabalhos com tubagens e ductos.
Pode acompanhar a nossa análise também na nossa página de apresentação das novidades ou no blog da CPC

3.3.11

Tutorial de modelação de terrenos

Este tutorial pretende de forma resumida ser um bom auxiliar na criação e edicção de terrenos, quem puder aconselha-sea a visita ao link do Autodesk University onde está colocado o video mais completo assim como documentação mais avançada: Autodesk University

Importação do ficheiro de topografia
Aconselha-se sempre a uma verificação prévia do ficheiro de topografia abrindo o mesmo na aplicação de origem seja o “AutoCAD®” ou outro. Esta verificação é importante para validar os seguintes elementos:

 As unidades e escala do ficheiro com o levantamento.


 As “Layers” do projecto, em especial saber em que “Layers” se encontram os vários elementos do desenho, como curvas de nível e pontos topográficos.


 Verificar se os objectos têm propriedades “bylayer”.


 Modificar alguns dos elementos para que o levantamento nos sirva o melhor possível. Apagar tramas não necessárias, ocultar informação não relevante, e muitas vezes complementar as polilinhas que representam as curvas de nível, em especial se as mesmas tiverem espaços vazios.


Vamos então começar por inserir o ficheiro que contém o levantamento topográfico com o qual vamos desenvolver o nosso projecto. No separador “Insert” utilizamos a opção “Link CAD”, que deve ser utilizada para inserir levantamentos, plantas e alçados que podemos usar para desenvolver o projecto, mas que posteriormente pretendemos retirar do projecto, sem deixar que essa informação fique a pesar no ficheiro.






Imagem 1 – Importação de ficheiro com o levantamento

Vamos agora observar a caixa de diálogo com as opções de ligação a ficheiros externos de CAD.


A primeira a opção a estar atento é a caixa de escolha “Current view only”, para efeito de inserção de um levantamento 3D que tem linhas a partir das quais vamos gerar a nossa topografia. Temos de a manter desligada, porque caso estivesse ligada, as entidades inseridas, só seriam visíveis na vista em que fossem inseridas e em mais nenhuma. Desta forma tanto as veremos na vista de implantação como em vistas 3D ou mesmo em alçados ou outras plantas. De seguida temos opções relacionadas com as propriedades de inserção das entidades de desenho;


 As cores, queremos manter as cores originais, ou de alguma forma alterar a sua representação no Revit®,


 As “Layers” a carregar, podemos escolher todas, apenas as visíveis, ou posteriormente aceder a uma caixa de diálogo onde podemos escolher apenas quais as “Layers” a inserir.


 As unidades de importação, aqui ou sabemos ao certo as unidades do projecto original, e poderá bastar escolher se é em metros, milímetros ou outras, ou como neste caso sabemos que o projecto está em escala 1/1 podemos escolher como unidades de importação metros. A opção “Auto-Detect” pode servir se soubermos ao certo em que unidades o projecto foi feito, podendo depois do mesmo ser inserido ser escalado para as unidades correctas.


Finalmente na parte de posicionamento, deixamos ficar a opção, “Center to Center” pois em principio é a que nos vai servir melhor de momento. O nível pode ficar o que está associado á planta onde estamos a trabalhar. E deixamos ligada a opção “Orient to view”. Para finalizar basta agora clicar no botão “Open”. O resultado será a nossa vista passar a apresentar o desenho inserido, como seria de esperar.


Modelação do terreno

Estamos agora na parte mais interessante do Revit® no que à modelação de terrenos diz respeito, a criação do modelo de terreno:


A partir da vista de implantação vamos abrir o separador “Massing & Site” painel “Model Site” » “Toposurface” em “Tools” escolhemos “Create from Import” » Select Import Instance” e seleccionamos o desenho da topografia.


Imagem 2 – Modelação do terreno

Aparece uma caixa de diálogo onde escolhemos as “Layers” com a informação das curvas de nível, neste caso as “Layers” CURVAS-DE-NÍVEL e CURVAS-DE-NIVEL-MESTRA,






Imagem 3 – Escolha de layers

E terminamos o comando. Resultado final, a nossa superfície de terreno.






Imagem 4- Terreno modelado

Vamos em planta desenhar a linha de propriedade para desenhar os limites e extrair informação da área do lote.


A linha de propriedade é mais uma função do separador “Massing & Site”,”Property Line” que nos vai permitir desenhar os limites do terreno, ou inclusive caso ele exista importar um ficheiro de azimutes fornecido pelo topógrafo. O resultado final é uma entidade de Revit®, a “Property Line” com o valor da área do nosso lote, e que pode servir para cálculos de área de construção, cedências municipais ou outros cálculos que venhamos a necessitar.






Imagem 5 – Desenho da linha de limite do lote.





Ajustes do terreno à arquitectura, criação de taludes e plataformas

Vamos passar à parte que normalmente se torna mais complexa para os utilizadores, a manipulação do terreno e sua adequação à arquitectura, e modelação da envolvente. Para tal começamos por abrir a planta do Piso -1. A primeira etapa será separar o terreno do nosso lote da superfície envolvente, processo simples, basta usar o comando “Split Surface” selecionar o terreno e desenhar a linha de corte pelo contorno realizado com a linha de propriedade anteriormente desenhada. Ao terminar passamos a ter duas superfícies a do nosso lote e a do terreno envolvente e onde obviamente não podemos intervir.
De seguida vamos começar a manipular o terreno. Neste caso pretendemos nivelar o terreno pela cota da implantação do piso -1. Vamos utilizar a ferramenta “Building Pad” com a qual iremos criar um perímetro que envolve a implantação do nosso Piso -1.A plataforma resultante é composta por uma camada de material que no meu caso defino como pedra de assentamento, e ficará colocada por debaixo da laje do piso. O resultado obtido é visível na imagem seguinte.






Imagem 8 – Escavação provocada pela plataforma

De seguida temos de ajustar a superfície de forma mais detalhada em pontos onde a plataforma não vai funcionar por ser um elemento plano e horizontal. Vamos validar a cota da plataforma, assim obtemos o valor de cota altimétrica 133.1m De seguida editamos a superfície, e com a opção de ajustar pontos vamos definir a aresta de contorno da plataforma.










Imagem 9 – Ajuste do terreno à plataforma

Além destes ajustes do terreno, iremos criar toda uma nova modelação do terreno, intervindo na criação da rampa de acesso, dos arranjos do jardim fronteiro, e na zona de recreio a criar. Isto é feito manipulando os pontos de terreno, alterando as suas cotas ou adicionando novos pontos que nos permitam essas afinações.






Imagem 10 – Manipulação de pontos para acerto de terreno

Este trabalho pode ser moroso, mas os resultados finais são muito compensadores, pois uma correcta modelação vai facilitar a integração da Arquitectura com o terreno. Adicionalmente vai aumentar a qualidade dos perfis e das medições do nosso projecto.










Imagem 12 – Resultados finais de um correcto ajuste do terreno.

Perfis do terreno

O desenho de perfis do corte do terreno é um processo simples. Basta utilizar o comando “Section” e controlar a sua profundidade, e imediatamente temos um perfil do terreno por onde nos interessar analisar.






Imagem 13 – Perfil do terreno alterado e final

Adicionalmente e aproveitando o conceito de fases, vamos poder visualizar o perfil do terreno existente em confrontação com o novo terreno que modelámos em redor da nossa arquitectura.


Conclusão

Estamos assim perante um processo de trabalho que nos vem aumentar a qualidade do nosso projecto, permitir que a integração da Arquitectura no terreno seja mais fácil, e inclusive a prevenção de dificuldades que muitas vezes só surgiriam em obra. A maioria dos utilizadores inicialmente choca com a ferramenta de modelação de terrenos, pois nem sempre a considera intuitiva, em especial pela não existência de facilitadores na modelação de vias de comunicação. Nessa área por agora teremos de nos apoiar em modelos de terreno e vias desenvolvidos em AutoCAD® Civil3D e que são directamente importados para o Revit® Architecture, aumentando ainda mais a qualidade final dos nossos projectos.



Propriedade da Autodesk, publicado por Fernando Oliveira no AU2010