29.9.09

Revit Architecture 2010 – Representação gráfica das grelhas estruturais

Muitos utilizadores têm-me questionado sobre o método mais eficaz de controlo e ajuste da grelha estrutural (comprimentos) em todas (ou algumas) as vistas. Isto porque, quantas vezes alteramos o comprimento da linha de grelha e esta nas outras vistas deixou de ter o mesmo comprimento? Ou quantas vezes queremos alterar algumas delas e que em todas as vistas tenham exactamente o mesmo tamanho?

Enfim, situações (quase) desesperantes.

No entanto, esse controlo é bem mais simples do que parece!
Este controlo poderá ser efectuada de duas formas:
- associando as linhas de grelha a uma Scope Box (Element Properties);
- alterando manualmente.

ASSOCIAR A UMA SCOPE BOX:
Quando associadas a uma scope box, sempre que hajam alterações nesta, estas repercutem-se automaticamente nas grelhas estruturais. Para isso, basta apenas seleccionar as grelhas e nos parâmetros das intâncias, em Scope Box, seleccionar qual queremos associar.

ALTERAR MANUALMENTE:
Normalmente quando alteramos a linha de grelha numa determinada vista, esta altera-se automaticamente em todas as vistas. No entanto nem sempre é assim.
Nessas situações surge a questão:
“Que raio de coisa me está acontecer… mas porquê, porquê?”

Assim sendo:
- não é necessário alterar e/ou ajustar em todas as vistas os comprimentos das grelhas estruturais;
- o novo comprimento poderá ser diferente apenas numa única vista, em várias vistas ou em todas as vistas;
- quando introduzidas, estes objectos são adicionados ao modelo como sendo do tipo “Datum3D” (simplificando, qualquer alteração numa vista será aplicada em todas as vistas);
- as grelhas estruturais mantêm-se 3D até serem alteradas para 2D;
- se pretender alterar a dimensão de uma ou mais grelhas na vista, confirmar se esta está em 2D (basta clicar sobre o 3D para alterar para 2D);
Vamos à prática?
Então, aqui fica uma forma simples de alterar automaticamente nas vistas pretendidas.

- Clicar numa das grelhas e torne-a 2D; de seguida, aumente o comprimento da mesma. Efectue a mesma operação nas que achar conveniente e necessário.
- Com as grelhas alteradas seleccionadas, aceder à opção Propagate Extents (separador Modify Grids, painel Datum).
- Na caixa de diálogo que surge, seleccionar as vistas onde pretende propagar as alterações efectuadas na(s) linha(s) de grelha E pronto, as vistas que seleccionar terão os mesmos comprimentos que as seleccionadas
Se, ao alterar o comprimento das grelhas, tiver a opção Crop View (barra de visualização) ligada e o comprimento for para além dessa Crop View, as grelhas estruturais passam automaticamente de 3D para 2D (dica útil caso queiramos alterar muitas grelhas de uma única vez)

27.9.09

Tipos de ficheiros

Ainda existe alguma confusão em alguns dos utilizadores de RAC sobre os tipos de ficheiros, as extensões e o que são.

Assim, aqui fica uma pequena descrição do que é cada uma delas:

*.rvt – extensão nativa do Revit Architecture. Todos os projectos são gravados com esta extensão. Quando gravamos um projecto, toda a informação é retida no interior do mesmo.

*.001.rvt – extensão para as cópias de segurança – variação da numeração em função do número de gravações (por defeito cria 3 cópias de segurança, sendo que a 4ª gravação irá substituir a mais antiga, e assim sucessivamente).

*.rfa – extensão das bibliotecas (famílias) que podem ser carregadas no nosso projecto.

*.rft – extensão referente a um modelo (template) a ser utilizado para a criação das famílias. Cada categoria de objectos tem um template específico.

*.rte – extensão referente a um modelo (template) para ser utilizado no início da criação de um projecto (que depois de gravado assume a extensão *.rvt). Este modelo é pré-configurado com algumas definições e conteúdos que podem ser utilizados em todos os projectos.

24.9.09

Autodesk Expands Options for Mac Users

Pois, para os mais cépticos, parece que a Autodesk finalmente se está a preocupar com os utilizadores de MAC.

Para mais informações, clicar aqui.

Etiqueta para descrição de materiais de acabamentos

Um dos aspectos importantes no desenvolvimento de um projecto de arquitectura é a coerência do mesmo, garantindo que toda a informação está centralizada num único sítio.

É com este princípio que vou descrever como se faz uma etiqueta (Tag), que poderá ser utilizado em qualquer peça do nosso projecto (planta, corte, alçado, pormenor,…) e a qualquer objecto (porta, janela, parede, pavimento, cobertura,…), que servirá para indicar automaticamente a descrição do material aplicado a esse objecto.

Como devem saber, este objecto será uma família do tipo Standard. Os tipos de família de anotação são, na minha opinião, dos mais simples de executar.


Vamos lá?

- Aceder ao menu R>New>Family e, na pasta dos modelos (templates) de famílias (Metric Templates), aceder à pasta Annotations e seleccionar M_Generic Tag. Salvar esta família na biblioteca com o nome desc. material.

- No editor de família agora disponibilizado, poderá verificar que existem duas “linhas” (Ref Plane). A intersecção das mesmas indica o ponto de inserção do objecto no projecto. Aproximando à intersecção, vamos então fazer o recomendado na nota a vermelho (que deverá ser eliminada).

- No Ribbon, separador Create e painel Family Properties, clicar em Category and Parameters e na caixa de diálogo que surge, seleccionar Material Tags como Family Category.

- Clicar de seguida no OK e voltar ao ambiente de trabalho.

- Novamente no Ribbon, separador Create e painel Annotate, clicar em Label. Poderá alterar as configurações de alinhamento e dimensão com base nas opções disponibilizadas no separador contextual (tamanho da letra, tipo de letra, cor da letra, alinhamento horizontal e vertical, entre outros).

-Clicar de seguida o mais próximo da intersecção, à direita e na caixa de diálogo que surge, seleccionar o parâmetro pretendido, clicando duas vezes sobre o mesmo: Description.

- Depois de clicar no OK, volta ao editor de famílias onde, com os comandos de edição que julgar necessários, ajustar a sua colocação.
- Salvar novamente todas as alterações... e pronto, objecto terminado e pronto a ser utilizado nos nossos projectos.


Para utilizar no projecto, proceda da seguinte forma:

- Depois de aberto o projecto, vamos então carregar a nossa família.

- Clicar em Insert e no painel Load from Library clicar em Load Family e seleccionar a família.
- Abra a vista que pretende inserir este objecto.

- Aceder ao separador Annotate, painel Tag e clicar em Material .

- No selector de tipo, seleccionar o tipo agora criado: desc. material.

- Clicar no componente que pretende aplicar o objecto. Poderá verificar que ao sobrepor o rato sobre as diferentes camadas que compõem o objecto, este apresenta a descrição registada nos materiais (se não tiver nada registado, aparecerá o símbolo ‘?’ que poderá ser editado directamente no projecto).
Sem complicações, simples e de possível aplicação a qualquer objecto, aqui temos a nossa etiqueta!

A grande vantagem desta simplicidade de criação deste tipo de objecto é ser igual para todo o objecto do mesmo tipo (áreas de divisões, cotas altimétricas, representação dos pisos em Alçados e cortes,…).

Este é mais um dos objectos que devem constar no nosso modelo (Template) para estar sempre disponível em próximos projectos.

Criação de um Template (modelo) a utilizar nos projectos

Uma das razões para o aumento da produtividade no desenvolvimento do trabalho em qualquer software é a criação de uma boa base de trabalho, isto é, um TEMPLATE (modelo) feito à nossa medida. O Revit, por sua vez, não foge à regra!
Irei descrever algumas configurações que acho importantes realizarmos no Template. Estas, no entanto, devem ser ajustadas face às exigencias de cada utilizador/atelier.

Fiquem atentos! :)

23.9.09

Definição estrutural de uma parede

Uma das principais preocupações quando iniciamos o nosso processo de modelação em Revit é termos atenção a pormenores essenciais; aquilo que chamo de "pormaiores".

Neste caso vou tentar explicar alguns aspectos que julgo importantes na criação de paredes.Na criação de um tipo de parede, é possível definirmos as várias camadas que compõem a mesma (botão Edit do parâmetro Structure):
Nesta janela, um dos parâmetros mais importantes a ter em atenção é o Function. Nesse parâmetro devemos escolher a função construtiva do componente apropriada. Às diferentes funções disponibilizadas correspondem números que servem para estabelecer prioridades de intersecção com outros componentes de outros objectos: quanto menor for o número, maior é a prioridade.
Com os esquemas seguintes, podemos verificar os diferentes comportamentos em relação às prioridades:
Se repararmos, do desenho da esquerda para a direita não houve alteração das prioridades mas sim da localização dos componentes que se encontram dentro do Core (núcleo). Esta situação possibilita-nos uma maior possibilidade e flexibilidade de intersecções de componentes entre diferentes objectos.
No exemplo em baixo podemos verificar outras possibilidades de intersecção agora entre uma parede e uma laje de pavimento.

Se alterarmos a posição do isolamento térmico (colocando-o fora do Core), e mantendo a mesma prioridade [3], este é interrompido pela camada de enchimento da laje (com prioridade [2]).



Simples, mas que no final irá demonstrar-se muito eficaz!

Qual o problema que provoca a instabilidade?

Muitos dos utilizadores perguntam-se o porquê de alguma instabilidade do Revit. Serão bugs? Será do Windows? Será... Será... Será...

Pois, é possível que seja um deles ou então todos eles.
Fica aqui um pequeno vídeo que penso ser interessante: